Com forte representação de professoras/es e funcionárias/os –
ativas/os e aposentadas/os -, representando a capital (Maceió) e o
interior do estado, o Sinteal realizou, na manhã da última sexta-feira
(22), em sua sede (Mutange), uma assembleia geral da rede estadual da
educação que ouviu informações e debateu as negociações com o governo,
que se arrastam desde fevereiro passado, quando do início da campanha
salarial.
“Nossa database é maio, mas começamos a cobrar ao governo desde
fevereiro último, mas o executivo estadual, desde lá, continua sem
apresentar proposta alguma. Temos que ser ainda mais fortes neste
enfrentamento e vamos à luta por nossos direitos!”, disse a presidenta
do Sinteal Consuelo Correia.
“Chegamos ao limite”. Foi com essa fala que Consuelo convocou a
categoria a dar o próximo passo na luta pela valorização das/os
trabalhadoras/es em educação, e resumiu a indignação e a insatisfação da
base diante de mais uma audiência improdutiva com os secretários de
Estado (Educação, Planejamento e Fazenda), realizada na tarde/noite da
quinta-feira (21).
Ainda sobre esta audiência com os secretários estaduais, Consuelo
repassou á plenária as respostas à cobrança das progressões. Segundo a
Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a Procuradoria Geral do
Estrado (PGE) questionou a mudança de letra sem a avaliação de
desempenho. Então, o processo se encontra, ainda, na PGE, mas deve ser
devolvido em até 10 (dez) dias, com a Secretaria de Estado de
Planejamento e Gestão (Seplag) garantindo, por seu titular, que existem
recursos para pagar em folha suplementar, até o final de agosto, se a
burocracia for resolvida na PGE.
As/os servidoras/es decidiram, então, por uma paralisação de 05
(cinco) dias de toda a rede estadual (professoras/es e funcionárias/os),
com mobilização crescente caso o governo estadual continue,
intransigentemente, sem apresentar índice de reajuste salarial, que pode
levar a categoria à greve geral por tempo indeterminado.
Funcionários da educação discriminados
Darcir Acioli, secretária de Assuntos Municipais do Sinteal,
ressaltou a falta de respeito do governo no momento de efetivar as
progressões das/os trabalhadoras/es da educação, que se arrastam de três
meses a, aproximadamente, dois anos, lembrando que tanto
funcionárias/os quanto professoras/es “temos motivo de sobre para vir
pra luta e construir esse processo de enfrentamento de forma organizada e
com unidade”.
Calendário unificado
A secretária-adjunta de Formação Sindical, Girlene Lázaro, fez um
repasse da plenária organizada pela Central Única dos Trabalhadores em
Alagoas (CUT/AL), no último dia 20 de julho, quando todas as categorias
discutiram a construção de uma grande mobilização que deságue numa greve
geral de toda a classe trabalhadora em Alagoas e no restante do país.
“Estamos sofrendo perdas, esse governo interino [Michel Temer] está
ameaçando o pré-sal, os direitos trabalhistas, privatizando, isto para
não falar da negociação com os governadores e a intenção de congelar os
salários dos servidores e servidoras na negociação da dívida pública”,
alertou Girlene Lázaro.
Ela informou que já foi marcada para o próximo dia 27 de julho um
grande ato público unificado, organizado pela CUT/AL e por todos os
sindicatos filiados de servidores/as estaduais, com concentração, às 09
horas, na Praça dos Martírios.
Aberto o microfone para as intervenções da plenária, muitas falas
foram de indignação, de desabafo e de convocação para a luta. Todos os
que pediram espaço para falar declararam ter chegada a hora de fazer uma
greve.
Ainda durante a assembleia, a professora Lucilene leu um texto de sua
autoria lembrando a luta desta categoria [a educação] pela isonomia e a
grande capacidade de luta que ela sempre teve e continuará tendo.
Decisão da assembleia: paralisação de 05 dias
No final das falas, a mesa da assembleia geral encaminhou a votação,
sendo aprovada a proposta de paralisação de 05 (cinco) dias úteis, a
partir da próxima quinta-feira (28) – respeitando-se as 72 horas -, até o
dia 03 de agosto. Foi constituída uma comissão de diretoras/es do
Sinteal e base da categoria, que se reunirá na próxima segunda-feira
(25), no Sinteal, para organizar uma agenda de luta. A primeira
definição já está marcada, qual seja, a realização de uma assembleia
geral da rede estadual no próximo dia 03 de agosto (4ª feira), na sede
do Sinteal, no Mutange, para avaliar a continuidade ou não da
paralisação e o possível início da greve geral da educação.
(Sinteal, 25/07/2016)
ASCOM: APLB-UAUÁ
Obs.: Você pode escutar a rádio comunitária do POVO DE
UAUÁ, Luz do Sertão FM87,9, pelo nosso blog(aqui).
Contato:
74-9970-2838(Zé Carlos/Diretor sindical)
74-99930-6457(Prolepses/Coordenador)
E-mail.:
prolepses@hotmail.com(Prolepses/Coordenador)
0 comentários:
Postar um comentário