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domingo, 31 de agosto de 2014

A APLB-UAUÁ PRESENTE NA COMEMORAÇÃO DO DIA DOS PAIS DA ESCOLA PADRE GREGÓRIO

 
No dia 30 de Agosto de 2014, o coordenador, Francisco-Prolepses, fez-se presente na comemoração do dia dos pais da Escola Municipal Padre Gregório no povoado da Santana. Momento de muitas brincadeiras, dinâmicas envolvendo pais e filhos e os funcionários da unidade escolar, lanches e presentes. 
O coordenador agradeceu a diretora Magna Ribeiro pelo convite e aos professores. Parabenizando-os pela organização e por proporcionar esse momento de confraternização a comunidade.
 




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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

PLANOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO: DESAFIO NACIONAL

Publicado em Quarta, 27 Agosto 2014 17:49

O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE), divulga um caderno de orientações para apoiar os diferentes entes federativos no desafio de alinhar os planos municipais e estaduais de educação ao PNE. O material destaca que o "Brasil agora depende da elaboração ou adequação dos Planos dos 26 estados, do Distrito Federal e dos 5.570 municípios ao novo PNE. Não se trata apenas de uma exigência legal; sem planos subnacionais formulados com qualidade técnica e participação social que os legitimem, o PNE não terá êxito. Os Planos Estaduais de Educação (PEEs) precisam ser imediatamente produzidos, debatidos e aprovados em sintonia com o PNE. E os Planos Municipais (PMEs), da mesma maneira que devem ser coerentes com o PNE, também devem estar alinhados aos PEEs dos estados a que pertencem. Para o cidadão, o PNE e os planos de educação do estado e do município onde ele mora devem formar um conjunto coerente, integrado e articulado, para que seus direitos sejam garantidos e o Brasil tenha educação com qualidade e para todos".
O documento também lembra que o grande desafio é construir em todo o Brasil a unidade nacional em torno de cada uma das vinte metas, o que começa na busca de acordos em torno de algumas premissas importantes para o processo de pactuação.
"É no território do município que as metas nacionais se concretizam. A articulação efetiva de esforços para as ações colaborativas deve ser construída no espaço territorial do município, onde vive o cidadão a quem o direito à educação precisa ser garantido", reforça o secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Heleno Araújo.
A elaboração do material de apoio, com orientação das ações a serem realizadas no planejamento da próxima década, contou com o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), da União dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCE) e do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Participe desse processo de construção. Consulte o caderno de orientações.
 
Fonte: cnte.
 
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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ESCOLAS, ALUNOS E PROFESSORES 'NÃO FALAM A MESMA LÍNGUA'

Ricardo Senra
Da BBC Brasil em São Paulo


Quando o assunto é a violência dentro das salas de aula, não parece haver consenso sobre suas principais causas.
Professores, diretores de escolas, alunos e especialistas em educação ouvidos pela reportagem da BBC Brasil apontam para direções diversas, sugerindo que agressões contra educadores seriam fruto do histórico familiar dos alunos, da falta de políticas públicas e policiamento e também de professores mal preparados - e até mesmo agressivos.
A violência em sala de aula contra professores foi um dos temas destacados por internautas em posts de Clique Facebook e no Clique Twitter como um dos que deveria receber mais atenção por parte dos candidatos presidenciais, em uma consulta promovida pelo #salasocial, o projeto da BBC Brasil que usa as redes sociais como fonte de histórias originais.
A pedido da BBC Brasil, internautas, entre eles professores, compartilharam, via Clique Facebook, Clique diferentes relatos sobre violência cometida contra profissionais de ensino. Houve também depoimentos feitos via Clique Google+ e Clique Twitter.
Enquanto ninguém fala a mesma língua, o Ministério da Educação (MEC) diz não ter dados unificados sobre a violência escolar.
Confrontado pela reportagem, porém, o INEP, órgão ligado ao ministério, reconheceu que o tema faz parte da Prova Brasil - avaliação nacional com respostas voluntárias de professores, alunos e diretores. Os últimos dados, de 2011, foram tabulados a pedido da BBC Brasil.
Os resultados apontam que um terço dos professores que responderam ao teste disse ter sido agredido verbalmente por alunos. Um em cada dez afirmou ter sofrido ameaças. Aproximadamente um a cada 50 apanhou de estudantes.

Violência nas escolas - Prova Brasil

PERGUNTAS PARA PROFESSORES
SIM TOTAL
Você foi ameaçado por algum aluno?
19.588 (9,6%)
223.253
Você foi agredido verbalmente por algum aluno?
73.857 (33%)
223.019
Você foi agredido fisicamente por algum aluno?
4.195 (1,9%)
224.991
"É simplista culpar crianças e adolescentes por tudo o que acontece", alerta a socióloga Miriam Abramovay, pesquisadora do tema com passagens pela Unesco, Banco Mundial e Unicef.
"A escola tem culpa, porque se isola das comunidades e não se atualiza. E os professores têm péssima formação, simplesmente não conseguem, e muitas vezes nem tentam, conquistar os alunos", diz. "No fim, todos são vítimas."

Descompasso

Para pesquisadora, a desvalorização do ensino resumiria este descompasso. "A estrutura das escolas parou no século 19, os professores dão aulas como no século 20 e os alunos, sempre conectados, vivem no século 21", diz.
Ela diz que as escolas vivem um "processo de abertura" há 50 anos.
"Se antes havia pouco espaço para as classes populares, hoje a escola se massificou. Todos entram - nem sempre continuam, mas entram. Mas a relação professor–aluno não mudou nada nesse meio tempo e os educadores não sabem lidar com esse novo interlocutor, que antes estava na rua, do lado de fora", diz.
Abramovay diz que a violência não é consequência direta do entorno. "Há escolas em bairros tremendamente violentos que têm resultados satisfatórios. E colégios particulares, ricos, com problemas enormes", observa.
Rosane Gomes foi uma das professoras que contou via redes sociais ter sofrido agressão de alunos
A pesquisadora aponta o trabalho participativo, envolvendo pais e alunos na construção de regras e do currículo escolar, como caminho para reduzir a resistência e a agressividade.
"Os muros das escolas não são simbólicos", afirma. "Eles são reais, ninguém penetra ali. Assim, a escola não é nem protegida, nem protetora", diz.
O educador Jorge Werthein, presidente da Unesco no Brasil entre 1996 e 2005, também diz que a escola "precisa ser acolhedora" e critica a formação dos colegas.
"Diferente do médico, que faz residência, a maioria dos professores que se forma não tem nenhuma experiência em sala. Só pisam lá no primeiro dia, encontram coisas que nunca viveram e não sabem lidar", diz.
Para Wherthein, os educadores precisam se dar conta "da violência que eles próprios exercem sobre os alunos".
"Perseguição, homofobia e exageros nas repreensões" seriam exemplos. "Outra agressão simbólica é o abismo tecnológico que existe entre professores e alunos", diz.Clique

Celular

Com um olho no smartphone e outro no repórter, os alunos entrevistados parecem concordar com a avaliação.
"Parece que eles vivem fora do tempo. O professor pede para a gente copiar a lição do quadro, mas eu podia tirar uma foto com o celular e prestar atenção no que ele diz", reclamou uma estudante da 8º ano de uma escola em Diadema, ao sul de São Paulo.
A seu lado, espinhas no rosto e sorriso tímido, um adolescente do ensino médio completa. "Sei que celular pode atrapalhar. Não é para usar Facebook e Whatsapp na aula. Mas quando ajuda, por que não, né?", questiona.
Pelo Twitter, @leogomes também se posicionou sobre o tema
Eles reconhecem que as agressões são constantes.
"Na semana passada a professora chamou a atenção de um aluno bagunceiro e ele perguntou se ela não tinha medo de morrer. Ela deu risada e continuou passando a lição", contou uma estudante do 1º ano do ensino médio.
"Tem brigas combinadas também. Os alunos fingem estar dando porrada para o professor vir separar e apanhar também", completou.
Professores ouvidos pela reportagem disseram que a escola, hoje, seria "um espaço de conflito".
"Os professores não são santos que caíram do céu e vêm educar com toda a candura. Sempre que passo pelo pátio me chamam de vagabunda. O educador tenta legitimar a sua autoridade, não consegue, e aí revida", disse uma ex-professora da rede pública, que não quis se identificar.

Eleições

Para Wherthein, é uma tradição que a violência contra professores e alunos não faça parte da agenda dos principais candidatos a cargos políticos.
"A agenda da educação é genérica. 'A educação é importante'... 'Vamos aumentar os investimentos e a carga horária'... 'País bom é país educado'. Nunca nada é objetivo", critica.
O pesquisador afirma que o cotidiano das escolas, ponto crucial na discussão, passa à margem do discurso político.
"Educação e segurança estão sempre no topo das preocupações do eleitorado. Mas os candidatos não entenderam que há cruzamento entre estes temas. Num país como o Brasil, com taxas de morte tão altas (somos um país sem guerra), os conflitos são resolvidos sempre de forma violenta. Dentro da escola inclusive. Então a violência na escola não é algo que vem só da vizinhança, das famílias, é algo que faz parte da nossa sociedade e aparece em todos os setores", diz.
Wherthein diz que uma "nova cultura da solução não-violenta de conflitos" deve ser construída dentro das escolas.
"O caminho não é, portanto, aumentar os mecanismos de repressão, mas aumentar a prevenção por meio da educação e da disseminação de uma cultura pacífica. Escolas e universidades têm que discutir violência! Só assim se transforma as coisas - e essa responsabilidade está nas mãos dos candidatos", afirma.

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PROFESSORES RECLAMAM MAIS DO MEDO QUE DO SALÁRIO, DIZ PSIQUIATRA

Ricardo Senra
Da BBC Brasil em São Paulo


À frente de sessões de terapia em grupo para professores da rede pública há mais de 25 anos, o psiquiatra Lenine da Costa Ribeiro diz que as agressões físicas e verbais vindas de alunos são os principais motivos de doenças psicológicas entre os educadores que recorrem ao divã.
Segundo o médico do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo, seis em cada dez professores não conseguem mais voltar às salas de aula após enfrentarem episódios de agressões graves - como humilhação, ameaças e ataques físicos.
O tema da violência em sala de aula contra professores também foi destacado em posts de Clique Facebook e no Clique Twitter por leitores em consultas promovidas pelo #salasocial, o projeto da BBC Brasil que usa as redes sociais em busca de uma maior integração com o público.
A pedido da BBC Brasil, internautas, entre eles professores, compartilharam, via Clique Facebook, Clique diferentes relatos sobre violência cometida contra profissionais de ensino. Houve também depoimentos feitos via Clique Google+ e Clique Twitter.
De acordo com Ribeiro, assumindo cargos de "readaptação", como funções na secretaria ou na biblioteca escolar, esses educadores tendem a ser vistos como figuras menos importantes do que aqueles que seguem dando aulas.
Desinteresse pela vida, depressão, perda de memória e problemas de cognição são algumas das consequências da violência no cotidiano das escolas, diz o psiquiatra. Leia, a seguir, os principais trechos da conversa:
BBC Brasil - A violência na escola é um tema recorrente nas sessões de terapia?
Lenine da Costa Ribeiro - O medo dos alunos, as situações de agressão e humilhação e a sensação de impotência são as queixas mais comuns nas reuniões. Fala-se sempre sobre salário ou infraestrutura das escolas, mas a insegurança do professor em relação aos alunos é um tema bem mais frequente. Os professores reclamam mais do medo que do salário.
BBC Brasil - Quais são suas consequências para a saúde dos professores?
Ribeiro - Surgem transtornos de ansiedade generalizada. O estresse pós-traumático é um agravamento importante da saúde mental e leva a sintomas como pânico em diferentes níveis, falta de interesse pela vida, depressão, perdas de memória, dificuldades de cognição e fobias distintas. São sintomas que não respondem rápido aos tratamentos e que por isso costumam ser longos, assim como os períodos de afastamento, que chegam a durar mais de um ano.
BBC Brasil - Como é esse tratamento?
Ribeiro - Primeiro, com medicação. Antidepressivos e neuromoduladores. O tratamento medicamentoso tenta abreviar o sofrimento o mais rápido possível, mas também são necessários pelo menos dois anos de monitoramento. Neste período o professor participa de sessões de psicoterapia feitas em grupo, onde todos compartilham e discutem experiências. Muitos deles são afastados das escolas até que consigam se recuperar. 
BBC Brasil - Quais são os principais relatos compartilhados nas sessões?
Ribeiro - Há pessoas que tinham grande capacidade de dar aulas, articulação didática, e que ficaram completamente apáticas. O mais frequente é a incapacidade do professor de dar aula porque está sendo impedido agressivamente. Ele não consegue mais se impor e perde toda a autoridade diante da turma. Ameaças também são frequentes, não são só ameaças contra a vida, mas contra o patrimônio da pessoa, como esvaziar os pneus do carro, por exemplo. O maior medo é sofrer reprimendas na rua, depois das aulas, fora da escola.
BBC Brasil - Algum caso que o tenha marcado?
Ribeiro - Uma professora tinha advertido um aluno em sala. Na reunião de pais, a família, particularmente o pai, foi muito intensamente agressivo no auditório repleto de pessoas. Seu discurso era raivoso e acusador. Depois desse evento, ela nunca mais pode funcionar da mesma maneira. A maneira agressiva com que ele tentou tirar satisfações foi tão hostil e a estressou de tal forma que essa a professora nunca mais conseguiu dar aulas. A humilhação é tão dolorosa quanto a agressão física. São várias as formas de violência. 
BBC Brasil - Pode falar sobre estas diferentes formas de agressão?
Ribeiro - A violência física não costuma ser tão explícita, ela é menos comum. Na rotina mesmo estão as agressões verbais, a desconsideração, um desrespeito profundo à condição do professor. O que acontece é uma descaracterização de seu papel. O educador, aquela pessoa que seria central e determinante na construção de um sujeito, de um indivíduo, de uma personalidade, é tirado de seu lugar. Isso é muito grave, tem consequencias muito importantes, porque cada agressão afeta não só a relação do professor com o agressor, mas também com todos os demais alunos.
BBC Brasil - É comum que os professores extravazem este estresse agressivamente sobre os alunos?
Ribeiro - Quem está limitado não costuma criar enfrentamentos. Essas pessoas costumam ter respostas mais apáticas, por conta da ansiedade, da depressão. Isso tudo acaba colocando o professor numa situação de limitação e quase sempre quem está limitado não consegue entrar em situações de enfrentamento. 
BBC Brasil - Como é o retorno destes professores à sala de aula?
Ribeiro - O que vejo nesses casos é que o retorno acontece quase sempre de forma readaptada, e não à sala de aula. Uma porcentagem importante, em torno de 60% dos pacientes, volta para a escola ocupando funções administrativas, ou na biblioteca, na secretaria. A readaptação é às vezes a única maneira de dar continuidade ao cargo. Este retorno é muito difícil.
BBC Brasil - Como as escolas costumam reagir aos pedidos de afastamento?
Ribeiro - Posso falar sobre o momento do retorno. Os readaptados dizem sempre sofrer algum tipo de prejuízo. Isso acaba se tornando parte da própria condição social deles. Acabam sendo vistos como uma posição de menos valia, o que causa baixa autoestima. É como se eles passassem a ter menos valor do que aqueles que estão lecionando. 

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