terça-feira, 26 de julho de 2016

ALAGOAS: REDE ESTADUAL DECIDE POR PARALISAÇÃO DE 05 DIAS


Com forte representação de professoras/es e funcionárias/os – ativas/os e aposentadas/os -, representando a capital (Maceió) e o interior do estado, o Sinteal realizou, na manhã da última sexta-feira (22), em sua sede (Mutange), uma assembleia geral da rede estadual da educação que ouviu informações e debateu as negociações com o governo, que se arrastam desde fevereiro passado, quando do início da campanha salarial.
“Nossa database é maio, mas começamos a cobrar ao governo desde fevereiro último, mas o executivo estadual, desde lá, continua sem apresentar proposta alguma. Temos que ser ainda mais fortes neste enfrentamento e vamos à luta por nossos direitos!”, disse a presidenta do Sinteal Consuelo Correia.
“Chegamos ao limite”. Foi com essa fala que Consuelo convocou a categoria a dar o próximo passo na luta pela valorização das/os trabalhadoras/es em educação, e resumiu a indignação e a insatisfação da base diante de mais uma audiência improdutiva com os secretários de Estado (Educação, Planejamento e Fazenda), realizada na tarde/noite da quinta-feira (21).
Ainda sobre esta audiência com os secretários estaduais, Consuelo repassou á plenária as respostas à cobrança das progressões. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a Procuradoria Geral do Estrado (PGE) questionou a mudança de letra sem a avaliação de desempenho. Então, o processo se encontra, ainda, na PGE, mas deve ser devolvido em até 10 (dez) dias, com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) garantindo, por seu titular, que existem recursos para pagar em folha suplementar, até o final de agosto, se a burocracia for resolvida na PGE.
As/os servidoras/es decidiram, então, por uma paralisação de 05 (cinco) dias de toda a rede estadual (professoras/es e funcionárias/os), com mobilização crescente caso o governo estadual continue, intransigentemente, sem apresentar índice de reajuste salarial, que pode levar a categoria à greve geral por tempo indeterminado.
Funcionários da educação discriminados
Darcir Acioli, secretária de Assuntos Municipais do Sinteal, ressaltou a falta de respeito do governo no momento de efetivar as progressões das/os trabalhadoras/es da educação, que se arrastam de três meses a, aproximadamente, dois anos, lembrando que tanto funcionárias/os quanto professoras/es “temos motivo de sobre para vir pra luta e construir esse processo de enfrentamento de forma organizada e com unidade”.
Calendário unificado
A secretária-adjunta de Formação Sindical, Girlene Lázaro, fez um repasse da plenária organizada pela Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT/AL), no último dia 20 de julho, quando todas as categorias discutiram a construção de uma grande mobilização que deságue numa greve geral de toda a classe trabalhadora em Alagoas e no restante do país. “Estamos sofrendo perdas, esse governo interino [Michel Temer] está ameaçando o pré-sal, os direitos trabalhistas, privatizando, isto para não falar da negociação com os governadores e a intenção de congelar os salários dos servidores e servidoras na negociação da dívida pública”, alertou Girlene Lázaro.
Ela informou que já foi marcada para o próximo dia 27 de julho um grande ato público unificado, organizado pela CUT/AL e por todos os sindicatos filiados de servidores/as estaduais, com concentração, às 09 horas, na Praça dos Martírios.
Aberto o microfone para as intervenções da plenária, muitas falas foram de indignação, de desabafo e de convocação para a luta. Todos os que pediram espaço para falar declararam ter chegada a hora de fazer uma greve.
Ainda durante a assembleia, a professora Lucilene leu um texto de sua autoria lembrando a luta desta categoria [a educação] pela isonomia e a grande capacidade de luta que ela sempre teve e continuará tendo.
Decisão da assembleia: paralisação de 05 dias
No final das falas, a mesa da assembleia geral encaminhou a votação, sendo aprovada a proposta de paralisação de 05 (cinco) dias úteis, a partir da próxima quinta-feira (28) – respeitando-se as 72 horas -, até o dia 03 de agosto. Foi constituída uma comissão de diretoras/es do Sinteal e base da categoria, que se reunirá na próxima segunda-feira (25), no Sinteal, para organizar uma agenda de luta. A primeira definição já está marcada, qual seja, a realização de uma assembleia geral da rede estadual no próximo dia 03 de agosto (4ª feira), na sede do Sinteal, no Mutange, para avaliar a continuidade ou não da paralisação e o possível início da greve geral da educação.
(Sinteal, 25/07/2016)

ASCOM: APLB-UAUÁ

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