No dia 10 de Fevereiro de 2015, a diretoria da APLB-UAUÁ fez-se presente na Audiência Pública sobre o Reordenamento da Rede Municipal de Educação.
A audiência começou 9h30 e contou com a participação de representantes do poder executivo, Legislativo, judiciário(uma parte do tempo), coordenadores da APLB das cidades vizinhas(Canudos, Nilton, e Monte Santo, Alexandra), lideres sindicais local, representante do CMDCA, advogados, diretores, coordenadores e locutores da rádio comunitária Luz do Sertão FM87,9, que além de fazer a cobertura, transmitiu boa parte da audiência.
O assessor técnico da APLB, Joel Câmara, apresentou o relatório do estudo realizado nos últimos seis meses, alertando o risco que o município e os profissionais de educação estão passando por não manter a paridade professor x aluno e a folha de pagamento dentro da receita corrente, pontuando que o município gasta mais do que o que recebe para cobrir a folha de pagamento. E que a situação tende a aumenta na medida que os professores vão se especializando. O mesmo apontou algumas soluções viáveis para tentar reajustar as contas:
01. Retirar a vantagem de 15% que é destinada aos professores do primário, devido a não disponibilidade de executá-la dentro de sua carga horária. Neste caso um grupo de professores do quadro, devidamente preparado, assumiria a docência no período que os professores estivem fazendo AC;
02. Rever o conceito de readaptação, de forma que seja desempenhada conforme preceito, para que não se caracterize desvio de função,
03. Diminuir o número de diretores, compactando as unidades em setores;
04. Utilizar, à princípio, duas escolas como ENSINO INTEGRAL, dessa forma aumentaria o tempo do aluno na unidade e o numero de professores;
05. Desenvolver mecanismos que venha avaliar os profissionais em educação, AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO;
06. Rever alguns percentuais de vantagens no Plano de Cargos e Salários e o Estatuto do Magistério;
07. Formar uma comissão com objetivo de discutir, propor e executar as propostas acordadas, urgente.
Logo após, a exposição do técnico, Joel Câmara, foi franqueada a palavra, fazendo uso dirigentes sindicais, advogados, professores, representante do poder legislativo e conselheiros.
Ao usar da palavra, o coordenador da APLB-UAUÁ, Francisco-Prolepses, pontou: "Primeiro, que o tempo é pouquíssimo(03min) para falar de um assunto tão importante. Segundo,vou basear a minha rápida fala em duas frases: "Queremos Entender, Queremos ser Entendidos", "Administração administra, Sindicato defende". Todos estão de acordo que é educação é o elemento fundamental na formação do ser humano e no desenvolvimento da nação e o agente principal para que aconteça é o professor. Que bom que estamos em um ambiente que ratifica esse conceito, um colégio. Que tem a premissa de mediar, formar nossos jovens numa expectativa de futuro melhor. Ilustro dois pontos importantes que Joel frisou e que precisamos voltar na história para ratificar o nosso pensamento atual. No final da década de 90, tínhamos 35 a 40 alunos por professor. E o professor, especialmente de 40h, chegava a ganhar menos de um salário mínimo. No decorrer desse tempo, sempre ganhamos salário mínimo. Só passamos a ter ganhos reais a partir de 2011. Ou seja, veja o tanto que os professores vem se doando para o município e não tendo um retorno à altura. E o quanto o município não lucrou com isso, desde a época do FUNDEF até 2011, FUNDEB? Com certeza, se tivéssemos administradores que tivessem um mínimo de planejamento, hoje teríamos uma situação melhor e até mesmo parâmetros para socorrer as dificuldades atuais. Se tivessem investido, já QUE NÃO INVESTIRAM EM UMA REMUNERAÇÃO CONDIGNA AOS PROFESSORES, em prédios de boa estrutura, poderíamos sim falar em ensino de tempo integral com prioridades, assim como a municipalização do Fundamental II da rede estadual. Ai, Joel, ilustro que quem deveria tomar essa aula de como lhe dar com os recursos são os administradores. Deveria ser praxe, logo após a posse. Porque nós estamos dentro da nossa carreira. Cumprindo o que emana da legislação. Temos o nosso Plano de Carreira e o Estatuto aprovado pela câmara e sancionado pela administração, que nos dar o norte. Estamos apenas seguindo-o. Nós vamos defender o que lutamos para conquistar. Isso não quer dizer que a gente seja intransigente, mesmo porque estamos participando de todas as reuniões e comissões. Queremos chegar a um denominador comum. E vamos chegar! Alertamos que o município recebeu um bom complemento da união esse mês e vai receber um aumento do FPM, ainda esse ano. As propostas são boas, já eram esperadas pelo debate que travamos nas reuniões com a comissão. Porém, falta analisar com calma a questão do plano. Termino solicitando a administração o cumprimento do acordo no decreto 334/14, onde ficou confirmado a reposição dos cortes das vantagens dos professores a partir desse mês. Caso não aconteça, NÓS VAMOS SUSPENDER A MESA DE DIÁLOGO COM A ADMINISTRAÇÃO. Não tem como manter diálogo se não há credibilidade, caso ocorra. Portanto, vamos nos manter, coesos, firmes e fortes na busca da educação de qualidade e valorização profissional que tanto almejamos."
Ascom: Aplb-Uauá!
Obs.: Você pode escutar a rádio comunitária do POVO DE
UAUÁ, Luz do Sertão FM87,9, pelo nosso blog(aqui).
Contato:
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74-9996-6476(Prolepses/Coordenador)
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