segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

PROFESSORES DA REDE ESTADUAL ENTRAM EM GREVE E ADIAM INÍCIO DAS AULAS


Paralisação dos professores do PR foi decidida em assembleia sábado (7).
Segundo o governo, 950 mil alunos devem ser prejudicados pela greve.

Os professores da rede estadual de ensino do Paraná deram início à greve e paralisaram as atividades nesta segunda-feira (9). Esta era a data para a qual estava previsto o início das aulas em todo o estado, porém, a decisão da categoria tomada em Assembleia realizada no sábado (7) em Guarapuava adiou o retorno.

“A greve geral é consequência da irresponsabilidade do Governo do Paraná, que atacou direitos pelos quais lutamos décadas para conquistar” afirma o presidente Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (App), Hermes Leão.
A categoria prevê atos e protestos para esta segunda-feira em Curitiba.
Motivos que levaram à greve
O sindicato listou uma série motivos que levaram os professores a optar pela greve a partir de segunda-feira. Veja abaixo quais são:
- 29 mil professores PSS (contratados temporários) com atrasos de pagamento, sem acertos da rescisão, dispensados no final de janeiro;
- 10 mil funcionários de escola afastados com a promessa de corte de 30% do efetivo. De acordo com o sindicato, as escolas do Paraná carecem de mais funcionários para atender adequadamente os estudantes;
- Não pagamento de 1/3 das férias, o que equivale a cerca de R$ 150 milhões;
- Não pagamento de promoções e progressões de professores e funcionários durante todo o ano de 2014, direito garantido pelos Planos de Carreira dos dois segmentos. A dívida já soma 90 milhões;
- Atraso sistemático no repasse de parcelas do fundo rotativo, utilizado para a manutenção e pequenos reparos nas escolas;
- Atrasos do pagamento de convênios com escolas, entidades da educação especial, escolas itinerantes da reforma agrária;
- Cancelamento da distribuição de aulas feitas em dezembro;
- Retomada de portaria antiga sobre o porte de escola, que reduz horas para direção das escolas, número de pedagogos e pedagogas, funcionários em número insuficiente para manter as escolas em condições de atender adequadamente os estudantes;
- Superlotação de alunos em salas de aulas;
- Cancelamento do processo de eleição dos diretores e diretoras das escolas.
Governo lamenta
Em nota, a Secretaria da Educação lamentou a decisão pela greve dos professores e lembrou que, nos últimos quatro anos, a categoria recebeu 60% de reajuste salarial e a ampliação de 75% na hora-atividade, dois avanços históricos em vencimentos e benefícios.
Ainda segundo o governo, em 2014, os investimentos do Paraná no setor superaram em R$ 1,8 bilhão o mínimo constitucional e o Estado aplicou na área 35% do orçamento.
Na sexta-feira (6), o Secretário de Educação do Paraná, Fernando Xavier Ferreira, falou sobre os problemas com a falta de professores e funcionários na rede estadual de ensino em uma entrevista à RPC. Ele havia garantido o reinício das aulas e orientou os pais a levarem os filhos para as escolas.
Ferreira assegurou também que não faltará professores nas salas de aula do estado. Quanto aos demais funcionários, essenciais para o funcionamento de uma instituição de ensino, o secretário afirmou que os diretores receberão novos funcionários temporários. Sobre as rescisões atrasadas, o governo estadual que o pagamento ocorrerá no fim deste mês.

Fonte: G1

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